Seminário económico na Expo apresenta Portugal como ‘parceiro ideal de negócio’

O talento e a inovação de Portugal estiveram hoje em destaque no ‘Portugal Business Briefing’, um evento que apresentou o país na sua dimensão de comércio e investimento, no âmbito do Dia de Portugal na Expo 2020 Dubai.

 

O seminário económico contou com a presença do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André. No discurso de abertura, o secretário de Estado defendeu que Portugal é um parceiro ideal de negócio, e destacou que a tradição, associada à inovação e à sustentabilidade, são prioridades para o país.

 

“Portugal é um parceiro ideal de negócio […]. A sustentabilidade é uma prioridade e uma preocupação para a nossa indústria. As duas partes [Portugal e Emirados] têm trabalhado para desenvolver as suas relações, com sucesso”, afirmou o governante, no ‘Portugal Business Briefing’, no âmbito da Expo Dubai.

 

O secretário de Estado lembrou ainda que a sociedade e economias mundiais ainda estão deparadas com a pandemia de covid-19, mas notou ser necessário olhar em frente, pensar na recuperação e em novas formas de produção.

 

“O Pavilhão Português é um ‘showcase’ daquilo que Portugal representa e tem para oferecer”, referiu, esperando que o evento consiga atrair novos investidores para o país.

 

O evento contou ainda com intervenções do Presidente da AICEP e Comissário-Geral de Portugal para a Expo 2020 Dubai, Luís Castro Henriques, do Administrador do INESC TEC, José Carlos Caldeira, e do Presidente da Siemens Portugal, Pedro Pires de Miranda.

Numa apresentação intitulada ‘Why Portugal?’, o Presidente da AICEP destacou alguns indicadores económicos do país e apresentou motivos para visitar e investir em Portugal, apontando o país como uma escolha para os investidores tendo em conta a qualidade do ensino universitário, a competência dos trabalhadores e a fluência em diversas línguas.

 

Dados que, para a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, são confirmados, por exemplo, pela percentagem (13%) de estudantes estrangeiros no ensino superior português em 2020/2021, ou pelo número de formados em engenharia, que, segundo dados da OCDE, citados pela mesma agência, representa a terceira taxa mais elevada da Europa.

 

Já ao nível do investimento, Luís Castro Henriques destaca a participação da APG Asset management, Swiss Life AM e do serviço nacional de pensões coreano na Brisa ou a participação maioritária da Allianz Capital Partners na Galp Gás Natural. A estes fatores somam-se a “localização estratégica” de Portugal, permitindo o acesso a outros mercados europeus, com um potencial de até 500 milhões de pessoas, segundo os dados enviados à Lusa pela AICEP.

 

Conforme apontaram, Lisboa pode ainda ser uma ponte de ligação aos mercados que falam português, abrangendo 260 milhões de pessoas.

 

No que se refere ao seu próprio suporte institucional, a AICEP notou que fornece “informações relevantes” para os investidores, “facilitando contactos com empresas já instaladas em Portugal” e parceiros locais, promove a “negociação direta” com os clientes para definir um “pacote global que satisfaça as necessidades dos investidores”, facilitando ainda o contacto com as agências governamentais e prestadores de serviços, ao nível da eletricidade, telecomunicações e gás.