Com mais de 1.800 metros quadrados, distribuídos por três pisos, o Pavilhão de Portugal na Expo 2020 Dubai é uma verdadeira montra da história, cultura, talento e inovação do país. Desde a praça circundante até às vistas panorâmicas do rooftop, cada espaço revela elementos únicos do património português que, ao mesmo tempo, mostram os primeiros traços da influência árabe na identidade nacional.

Deixamos aqui quatro exemplos, que representam alguns dos símbolos mais emblemáticos do nosso Pavilhão. Na sua próxima visita à Expo, não perca a oportunidade de descobrir estes pormenores, aparentemente pequenos, mas que contam muito sobre a história de Portugal.

CALÇADA PORTUGUESA 

Na chegada ao pavilhão, repare na geometria do pavimento calcetado que reveste o chão da Praça – a tradicional calçada portuguesa. Surgiu no século XV mas foi apenas no século XIX, altura em que a cidade de Lisboa sofreu uma profunda transformação, que a calçada se tornou um dos maiores símbolos da arquitetura urbana portuguesa. A partir daí, o estilo espalhou-se pelos territórios portugueses e ainda hoje pode ser encontrado nas zonas pedonais de Macau, Brasil, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Índia ou Timor-Leste.

Mas é em Portugal que esta arte em mosaico encontra a sua expressão máxima. Para onde quer que viaje no país, encontrará verdadeiras obras-primas aos seus pés – passeios, praças e diversos espaços públicos surgem cobertos pelas pedras de calcário, numa rica composição assimétrica, repleta de desenhos e padrões decorativos.

AZULEJO

Ao iniciar a sua viagem pelo interior do Pavilhão de Portugal, verá que muito se inspira no Azulejo, desde as paredes das várias salas às projeções multimédia da exposição, sem esquecer os uniformes vistosos da nossa equipa!

A palavra azulejo vem do árabe azzelij, que significa ‘pedra polida’. Estes painéis coloridos, pintados à mão, estão profundamente enraizados na história e na cultura de Portugal. Remontam ao século XIII, quando os mouros invadiram as terras que hoje pertencem a Espanha e Portugal, mas foi entre os séculos XVI e XVII que se tornaram uma das marcas de expressão mais fortes da cultura portuguesa.

O azulejo português é hoje ator principal de verdadeiros repertórios de gravuras – retrata cenas históricas e religiosas, mostra as paisagens mais deslumbrantes do país, ou decora simplesmente placas de rua e números de casas. Ao passear pelas vilas e cidades portuguesas, verá estes mosaicos coloridos por todo o lado, desde paredes de igrejas e mosteiros a palácios, casas, bancos de jardim, fontes, lojas e estações de comboio.

Se estiver de visita à Expo 2020 Dubai, nem precisa de viajar para encontrar esta tradição portuguesa. Na Portugal Concept Store, dentro do Pavilhão de Portugal, encontrará um variado portefólio de produtos “Made in Portugal”, entre os quais se encontra o azulejo. Visite a loja e leve um pouco desta tradição para casa!

CORTIÇA

A cortiça é a casca do sobreiro, um dos recursos naturais mais importantes de Portugal. A sua utilização mais reconhecida é em rolhas de garrafas de vinho, mas a recente invenção do tecido de cortiça veio revolucionar esta indústria, passando a ter aplicações muito diversificadas, desde a construção à produção de energia, moda e design, chegando até à exploração espacial! Venha descobrir os inúmeros exemplos no Pavilhão de Portugal: desde o anfiteatro exterior à mobília do restaurante, a cortiça assume formas e contornos infinitos – um excelente exemplo de inovação portuguesa!

Macia e leve, resistente, reciclável, hipoalergénica e com qualidades térmicas e acústicas, a cortiça é realmente uma das matérias-primas mais excepcionais do mundo. É também extremamente ecológica – durante o descortiçamento, os sobreiros nunca são cortados e a sua casca regenera-se a cada extração, aumentando inclusive a capacidade do sobreiro absorver CO₂. Por esse motivo, as florestas de sobreiro – denominadas de Montado – são embaixadoras da sustentabilidade e uma força motriz do desenvolvimento sustentável. Têm um papel determinante no equilíbrio ecológico do planeta, combatem as alterações climáticas e a desertificação e protegem a biodiversidade.

Como líder no setor, Portugal é responsável por cerca de 50% da produção mundial de cortiça, o que representa mais de 800 milhões de euros em exportações anuais. O país acolhe também mais de um terço das florestas de sobro de todo o mundo. Ao atravessar o território, especialmente no sul, verá os sobreiros fundirem-se naturalmente com as planícies alentejanas e as paisagens algarvias.

OLIVEIRA

A oliveira faz parte das paisagens portuguesas desde a antiguidade, e as suas azeitonas são autênticos símbolos da cultura e gastronomia do país. O Pavilhão de Portugal trouxe um pouco deste património natural ao Dubai para decorar o seu rooftop, onde encontrará três oliveiras à luz do sol, e para a sua exposição, com uma bela peça em prata.

Há muito que estas árvores são cultivadas em Portugal, desde os romanos e mais tarde pelos visigodos, mas foi durante os 500 anos da ocupação árabe que o seu cultivo floresceu. Em português, a palavra ‘azeite’ deriva do árabe al-zait e az-zait, que significa literalmente ‘sumo de azeitona’.

Hoje em dia, Portugal continua a ser uma referência mundial na produção de azeite, graças ao seu clima mediterrânico e às propriedades únicas do seu solo. O país é atualmente o 8º maior produtor e o 4º maior exportador de azeite do mundo.

Para saber mais sobre o Pavilhão de Portugal, visite a nossa página!